Afinal, o que é a Internação Voluntária?
A Internação Voluntária é quando uma autoridade judiciária – após examinar um pedido médico através de laudo – decreta a internação do dependente químico.
Muitas pessoas confundem a Internação Voluntária com a internação involuntária. Elas são parecidas, porém não a mesma coisa.
Na internação involuntária, o paciente não aceita se internar e a família autoriza a clínica a fazê-lo.
Já na Internação Voluntária, o dependente químico também é internado contra sua vontade, porém com autorização de um juiz magistrado, independente da família autorizar ou não.
A Internação Voluntária deve ser feita ou não?
Daí entramos naquela questão que falamos no início. Mas como pode acorrer uma internação sem o consentimento do paciente e, pior ainda, sem o de sua família?! Parece até que estão capturando um animal selvagem perigoso ou algum criminoso, você pode pensar. Mas não é bem assim.
Uma clínica que trabalhe com Internação Voluntária ou até mesmo involuntária, pode causar certa polêmica. Afinal, é obvio que seria muito melhor se o dependente químico escolhesse se internar por conta própria, a chamada internação voluntária.
Mas infelizmente em muitos casos o paciente chega a um ponto onde a dependência química e o efeito colateral das drogas em seu cérebro não o deixam mais ter o discernimento do que é certo ou errado, tanto para os outros quanto para ele mesmo.
Imagine uma criança pequena que vai ao seu primeiro dia de aula na escolinha. Esta criança está acostumada com sua casa, seus pais, irmãos, se for o caso. E de repente ela se vê “obrigada” a sair de sua casa, de perto de seus pais para ficar com outras crianças que ela não conhece durante algumas horas que, na cabecinha dela pode parecer uma eternidade.
Ao chegar na escolinha, muito provavelmente a primeira reação desta criança será chorar e não querer ficar lá. Com certeza, naquele primeiro momento a criancinha irá sofrer. E o tempo que ela levará para se acostumar com sua nova rotina diária depende muito da ajuda da família e também dos funcionários da escolinha.
Mas o que aconteceria se esta criancinha nunca fosse para a escolinha? Se chegasse a sua vida adulta sem nunca ter frequentado um local onde ela pudesse aprender diversas coisas e socializar com outras pessoas?
Entende que, a princípio, aquele sofrimento que a pequena criança teve em seu primeiro contato com a escolinha foi um “mal necessário”?
Assim acontece também com um dependente químico e a clínica de Internação Voluntária. A princípio ele pode recusar o tratamento. Mas no final das contas, tudo isso deve ser feito para seu próprio bem, pois em muitos casos, é uma questão de vida ou morte!
Dependendo da situação, o dependente químico pode ser uma ameaça não só para si próprio, mas também para outras pessoas, tornando-se agressivo e partindo até para o ato de cometer crimes.
Principalmente nestes casos que a Internação Voluntária é necessária, o papel da clínica será cuidar do paciente com todo empenho possível ajudando também seus familiares a se livrarem dos males que as drogas causam.
Se você precisa ajudar alguém com algum tipo de problema relacionado ao alcoolismo ou dependência química no geral, entre em contato conosco!